Projeto Antígona González
Agradecimentos especiais:
Sara Uribe (México)
Julieta Panebianco (Argentina)
2024
Antígona González
Há 16 anos, em dezembro de 2016, o então presidente do México, Felipe Calderón, declarava a guerra contra o narcotráfico (ou guerra contra o narco), mediante um operativo militar altamente espetacularizado. As intervenções efetuadas pelo Estado trariam como consequência a multiplicação da violência paraestatal e estatal contra a população desde então. Aos corpos desmembrados pela guerra e ao tecido social desfeito por essa violência, Sara Uribe responde, em Antígona González, propondo uma “curaduria textual”. Lembremos que o fato que desencadeou a escrita de Antígona González foi o massacre dos 72 migrantes em San Fernando, Tamaulipas, no ano de 2010.
Foto: Sara Uribe
A tradução representou para nós o desafio de atentar para as ressonâncias desse fenômeno no Brasil, sem deixar de recriar a poética do texto-fonte com a maior atenção e cuidado, levando em conta suas qualidades sonoras, sintáticas e semânticas. É possível observar, por exemplo, o acréscimo de depoimentos das Mães de Maio e de notícias de mortes violentas ocorridas no Brasil nos últimos anos que intercalamos nas páginas do livro. Estes recortes da imprensa local funcionam como dispositivos que se projetam e se atravessam de maneira assombrosamente semelhante aos que aparecem nos jornais do México citados por Sara Uribe.
Equipe
A tradução de Antígona González foi composta por uma equipe diversa, em um esforço conjunto entre o Laboratório e o projeto parceiro Paqueletra. Em nosso grupo havia pessoas de diferentes regiões do Brasil, além de três colombianxs e um argentino;
Bruna Macedo
Daniela Navarro
Mayara Alexandre Costa
Thais Neves
Gastón Cosentino
Graziela Bassi
Juliana Monroy
Mario Rodríguez Torres
Rosalina Godoy Silva